CAMPO SUSTENTÁVEL
Difusão de Tecnologias Sustentáveis para a Produção Agropecuária.
Imagem SAF.
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Controle de folhas finas no Sistema Santa Fé.
Boa tarde queridos leitores. Nesta postagem gostaria de falar sobre uma dificuldade enfrentada por muitos adeptos do sistema Santa Fé: Controle de plantas daninhas, de folhas finas. Principalmente o capim-colchão (Digitaria sanguinalis). Por se tratar de uma espécie de difícil controle, a maioria dos herbicidas registrados para milho não promovem um bom controle desta invasora. Desse modo, a prática adotada pela maioria dos produtores é a utilização do glifosato (Em cultivares de milho RR). Assim sendo, depois de conversar com técnicos, agentes de campo e agricultores, a melhor maneira de controle, em áreas com incidência desta daninha, para quem faz o consórcio milho x brachiaria é: Primeiramente, fazer uma boa dessecação. Trabalhar com variedades de milho RR. Fazer o controle do capim colchão com glifosato em pós-emergência. E depois entrar semeando a brachiaria. Como benefícios observamos a diminuição da competição inicial já que a gramínea será inserida no sistema após a fase crítica de estabelecimento do milho. E como fator prejudicial, a necessidade de duas operações de semeadura. Creio ser este o único método, visto que esta é uma praga que somente o glifosato vem controlando. Esta presente em diversas regiões aqui no Norte do Paraná. Porém ela não deve ser motivo de inviabilização de um sistema tão benéfico para a produtividade. Quaisquer outras sugestões e troca de idéias serão muito bem vindas. Obrigado e até a próxima.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Terceira Caixa Adaptada
Detalhe do mecanismo de escoamento da semente. |
Visão geral da caixa armazenadora. |
Aparência da área recém plantada. |
domingo, 16 de março de 2014
IMPLANTAÇÃO SISTEMA SANTA FÉ: Caixas Alternadas.
Linha de Brachiaria entre as linhas do Milho. |
Linha de Brachiaria entre as linhas do Milho. |
Sementes de Brachiaria no sulco de plantio. |
Sulcos de plantio: Milho (Laterais) x Brachiaria (Central). |
Visão das caixas armazenadoras de sementes. Semente Clara = Brachiaria. Semente Vermelha = Milho. |
terça-feira, 11 de março de 2014
Discos para semeio de Brachiaria em linha.
Boa noite queridos leitores. Nesta postagem
gostaria de disponibilizar algumas fotos de discos, utilizados em semeadoras lineares,
para plantio de Brachiaria. Para implantação do “Sistema Santa Fé” os
produtores têm adotado diversos métodos. Porém a utilização de caixas
alternadas: uma linha de milho x uma linha de brachiaria é, ao meu modo de ver,
a melhor maneira de se implementar a lavoura. Desta maneira observam-se alguns
benefícios em relação às outras metodologias: 1 - Redução nos custos de implantação, pois há uma única operação de
semeadura. 2 - Consegue-se uma melhor distribuição das plantas no campo e
consequentemente uma redução na competição do milho por luz, água e nutrientes.
3 - Obtêm-se uma maior precisão na dosagem de sementes a serem jogadas por
hectare. Encontrei um único fabricante aqui no município de Londrina,
que também tem atuação a nível nacional. Seu nome é: “Scherer”. Existem discos com furos de 4 a 8,0mm de dimensão.
Espessura de 3 e 4,5mm. E quantidade de furos: 18, 28 e 50 furos. O único cuidado a ser tomado é a escolha do diâmetro do furo e dosagem por alq de acordo com o Valor Cultural (VC) da semente comprada: VC 50 (+ impurezas) = Diâmetros maiores, 7,5/8,0mm, e dose = +- 15 kg/alq. VC 75 (smt s/ impureza) = Diâmetros menores, 5,0mm, e dose = +- 10kg/alq. O custo fica em torno de R$ 100,00/alq. Neste sentido, análises de campo devem ser feitas com intuito de verificar se doses menores proporcionam uma boa cobertura de solo, a fim de baratear a tecnologia. Pesquisas apontam aumento da ordem de 10-15% na produção de soja em lavouras precedidas com consórcio. Deste modo o sistema se paga e é capaz de gerar ganhos reais ao produtor. Seguem fotos:
Segue link do fabricante com maiores informações: http://www.scherer.ind.br/produtos/detalhes/11/16/linha-classic-tradicional#.Ux-U5M46ud5
Disco 50 furos/ Diâmetro: 5,0mm/ Espessura: 3,0mm + Anel (Obserevem a saliência na bordadura do anel para evitar que as sementes passem por fora do furo). |
Verso do Disco. |
Disco 28 furos/ Diâmetro: 7,5mm/ Espessura: 3,0mm + Anel. |
Verso do Disco. |
Segue link do fabricante com maiores informações: http://www.scherer.ind.br/produtos/detalhes/11/16/linha-classic-tradicional#.Ux-U5M46ud5
Quaisquer dúvidas estou a disposição... Forte abraço, Adriano.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
INTEGRAÇÃO LAVOURA - PECUÁRIA.
Boa
noite queridos leitores. Nesta postagem gostaria de falar um pouco sobre uma
tecnologia lançada pela Embrapa, cerca de 15 anos atrás, que traz inúmeros
benefícios tanto para o produtor quanto para o meio ambiente. É o chamado:
Sistema de Integração Lavoura-Pecuária. Seguem algumas definições da Embrapa:
CONCEITO
A
integração lavoura-pecuária (ILP) pode ser definida como a diversificação,
rotação, consorciação e/ou sucessão das atividades de agricultura e de pecuária
dentro da propriedade rural, de forma harmônica, constituindo um mesmo sistema,
de tal maneira que há benefícios para ambas. Possibilita, como uma das
principais vantagens, que o solo seja explorado economicamente durante todo o
ano ou, pelo menos, na maior parte dele, favorecendo o aumento na oferta de
grãos, de carne e de leite a um custo mais baixo, devido ao sinergismo que se
cria entre a lavoura e a pastagem.
OBJETIVOS
1. Recuperação ou reforma de pastagens degradadas.
Nesse
sistema, as lavouras são utilizadas com vistas a que a produção de grãos pague,
pelo menos em parte, os custos da recuperação ou da reforma das pastagens. Na
área da pastagem degradada (Figura 1), cultivam-se grãos por um, dois ou mais
anos e, depois, volta-se com a pastagem, que vai aproveitar os nutrientes
residuais das lavouras na produção de forragem. Para evitar outro ciclo de
degradação, é necessário elaborar um cronograma de adubação da pastagem
recém-implantada. É importante salientar que, para a maioria dos solos de Minas
Gerais, assim como do Brasil, caso não sejam feitas adubações de manutenção,
esse método dá resultado nos primeiros dois ou três anos. Após esse período, a
pastagem sofre novo ciclo de degradação, devido ao esgotamento dos nutrientes
que entraram no sistema via adubação das lavouras. Então, é necessário cultivar
lavouras novamente na área, para reposição de nutrientes.
2. Melhorar as condições físicas e biológicas do solo com a pastagem na área de
lavoura.
As
pastagens deixam quantidades apreciáveis de palha sobre o solo e de raízes no
perfil do solo. Isso tende a aumentar a matéria orgânica, que é fundamental na
melhoria da estrutura física do solo. Ela também éfonte de carbono para os meso
e os microrganismos do solo. Além disso, a decomposição das raízes cria uma
rede de canalículos no solo, de grande importância nas trocas gasosas, e uma
movimentação descendente de água. Esse novo ambiente, criado no solo pela ILP é
fundamental para impactar positivamente tanto a sua sustentabilidade quanto a
produtividade do sistema agropecuário.
3. Produzir pasto, forragem conservada e grãos para
alimentação animal na estação seca.
Além
da produção de silagem e de grãos, a ILP possibilita que a pastagem produzida
no consórcio seja utilizada durante a estação seca. A correção do perfil do
solo proporciona melhor desenvolvimento do sistema radicular da forrageira,
que, assim, aprofunda-se no perfil e absorve água a maiores profundidades,
conferindo ao pasto maior persistência durante a estação seca.
4. Diminuir a dependência por insumos externos.
A
pastagem recuperada ou reformada passa a contribuir em maior proporção na dieta
dos animais e os grãos produzidos na fazenda são usados na produção da própria
ração, diminuindo a necessidade de aquisição no mercado.
5. Reduzir os custos, tanto da atividade agrícola quanto da
pecuária.
Como
há ganhos em produtividade tanto das lavouras quanto das pastagens, menor
demanda por defensivos agrícolas e melhor aproveitamento
da mão-de-obra, dentre outros fatores, os custos de produção são reduzidos.
SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO DE LAVOURA-PECUÁRIA.
Sucessão de culturas com forrageiras anuais.
Depois
da colheita da lavoura consorciada com o capim, o pasto que se forma é vedado,
até apresentar condições de utilização na entressafra. Nesse caso, a pastagem
formada é considerada a segunda cultura na sucessão. Outra possibilidade é o
cultivo, no início do período chuvoso, de lavoura para ensilagem. Imediatamente
após a ensilagem, planta-se a segunda cultura, que deve possuir crescimento
rápido e tolerância ao déficit hídrico, pois será implantada no final do
período das chuvas. Sorgo de pastejo e milheto são espécies que se prestam para
essas situações, especialmente quando o objetivo é somente a produção de
forragem na entressafra.
Rotação de culturas anuais com pastagens perenes.
É
um sistema mais intensivo de exploração, em que as áreas de culturas anuais e
de pastagem perene se alternam a cada dois ou três anos. O diagnóstico, o
planejamento e a avaliação prévia de todas as etapas, desde a mão-de-obra,
equipamentos e capital disponíveis até o gerenciamento, é decisivo para o
sucesso desse sistema. Nele, busca-se obter os benefícios proporcionados tanto
pelas lavouras quanto pelas pastagens.
Reforma de pastagem com culturas anuais.
Sistema
utilizado em propriedades onde a pecuária é a principal exploração e há
pastagens manejadas inadequadamente, sem programa de adubação de manutenção.
Geralmente, a fertilidade do solo é baixa, necessitando-se de incorporação de
corretivos e fertilizantes, de modo que a fertilidade do solo seja corrigida
durante cultivos com lavouras anuais. Nesse processo, destaca-se o sistema
denominado Santa Fé, que, por sua importância, merece maiores considerações.
Sistema Santa Fé.
Atualmente,
o Sistema Santa Fé tem chamado a atenção devido ao rápido retorno técnico e
econômico que tem possibilitado. A tecnologia se caracteriza como sendo o
consórcio (estabelecimento de duas culturas ao mesmo tempo) de uma cultura
produtora de grãos ou silagem com uma forrageira, para a produção de cobertura
morta para o sistema de plantio direto e de pasto na entressafra. O sistema
está sendo largamente empregado na recuperação ou na reforma de pastagens
degradadas, em que se busca, com a produção da cultura produtora de grãos,
pagar os custos de implantação da nova pastagem e obter excedentes para
comercialização ou uso dentro da propriedade. Embora práticas dessa natureza já
sejam utilizadas há bastante tempo, a elas vêem sendo agregados avanços
tecnológicos com vistas ao aumento de sua eficiência, ou seja, possibilitar a
formação de pastagem de boa qualidade sem queda significativa de produtividade
da cultura associada.
O
Sistema Santa Fé, desenvolvido recentemente pela Embrapa Arroz e Feijão, nada
mais é que o consórcio de uma cultura, especialmente o milho, com forrageiras
tropicais, principalmente do gênero Brachiaria, embora os Panicum também sejam
bastante utilizados, mesmo com o manejo do consórcio exigindo maiores cuidados.
Esse sistema apresenta grande vantagem, pois não altera o cronograma de
atividades do produtor e não exige equipamentos especiais para sua implantação.
Através dele, é possível, a médio prazo, aumentar o rendimento das culturas e
das pastagens e, com isso, baixar os custos de produção, tornando a propriedade
agrícola mais competitiva e sustentável. Além disso, há geração de palhada para
o plantio direto. O sistema consiste no plantio simultâneo do cereal e da
forrageira ou no plantio defasado da forrageira, aproximadamente 20 a 30 dias
depois da emergência do cereal. Para sua implantação, o primeiro passo é fazer
a análise de solo da gleba de pastagem degradada e, com base nos resultados,
fazer a correção da acidez do solo, de fósforo ou potássio seguindo a
orientação de um técnico. É importante que a aplicação do calcário seja feita
pelo menos 60 dias antes do plantio e que ainda haja umidade suficiente no
solo, para que o calcário reaja. Os cuidados com a conservação do solo também
são tomados nessa etapa. É feito o condicionamento físico do solo, eliminando
camadas adensadas ou compactadas e sulcos de erosão. Também deve ser feita a
eliminação de plantas daninhas, especialmente as perenes. No ano da implantação,
havendo necessidade de correções do solo e aração e gradagens, o método de
implantação é o Sistema Barreirão. Depois desse início, nos anos em que novos
plantios forem ser realizados, aí sim, o Sistema Santa Fé deve ser o preferido.
Os procedimentos de plantio do cereal são os tradicionais. No plantio
simultâneo, dependendo da espécie da forrageira, as sementes são misturadas ao
adubo do cereal. É importante cuidar para que essa mistura seja feita no dia do
plantio. Outra providência é a regulagem da profundidade de deposição do adubo
+ sementes para uma profundidade superior à de deposição da semente do cereal.
É desejável estabelecer uma ou duas linhas adicionais de forrageira
nasentrelinhas de plantio da cultura para melhor formação da pastagem. Tal
procedimento vai depender do espaçamento e do equipamento de plantio
disponível.
Outra
possibilidade é o plantio defasado da forrageira, 20 a 40 dias depois da
emergência da cultura. Nesse caso, ao se fazer o semeio da forrageira, a
cultura já estará estabelecida, minimizando os efeitos da concorrência.
Novamente dependendo do equipamento, esse plantio pode ser com máquinas ou
faz-se sobressemeio a lanço, o que vai exigir maior quantidade de sementes para
garantir um estande desejado. O controle das plantas daninhas deve ser feito
com herbicidas específicos para folhas largas recomendados para a cultura, de
acordo com a ocorrência dessas plantas. O manejo da forrageira no consórcio é
da maior importância e é feito com subdoses de herbicidas, para o controle das
plantas daninhas de folhas estreitas seletivos à cultura implantada. Essa
sub-dose de herbicida causa um estresse na forrageira, com paralisação
temporária do seu crescimento. Isso faz com que ela não concorra por nutrientes
e água durante o período crítico de competição da cultura, que normalmente vai
até os 50 dias. Quando a forrageira se refizer do estresse, seu desenvolvimento
ficará limitado pela própria cultura, que já estará bem desenvolvida,
restringindo a penetração de luz. Ao término do ciclo da cultura, com o
secamento das folhas a forrageira irá se desenvolver rapidamente. Portanto, a
colheita não deve sofrer atraso, pois a forrageira pode crescer muito e causar
transtornos (embuchamento) na colheita. Depois da colheita, deve-se fazer um
pastejo rápido de formação, para estimular o perfilhamento da forrageira. Em
seguida à saída dos animais, a área deve ser vedada por período suficiente para
a rebrota e o crescimento até a fase do pastejo definitivo, que ocorrerá em 60
a 90 dias, dependendo das condições do clima. Caso a cultura seja colhida para
ensilagem, a área é vedada em seguida, até a época do primeiro pastejo
definitivo. Ao final do período de seca, a pastagem é vedada e, no início das
chuvas, dessecada, dando início a novo ciclo de consórcio, preferencialmente em
sistema de plantio direto.
Em
muitos casos, agropecuaristas têm adotado essa tecnologia somente para
recuperar ou reformar pastagens. Um programa de adubação de manutenção e de
pastejo controlado tem permitido a utilização da nova pastagem por período
indeterminado, com alta produtividade. Caso essa programação não seja
executada, a nova pastagem se degradará em, no máximo, três anos, sendo
necessário recuperá-la novamente. É importante salientar que, quanto mais a
pastagem se degradar, maiores serão os gastos com a sua recuperação.
Vantagens da integração para o sistema agropecuário e para o meio ambiente.
A
lavoura proporciona à pastagem as vantagens de um retorno econômico mais
rápido, ajudando na produção de forragens nas épocas mais críticas, fornecendo
nutrientes e recuperando a produtividade. A pecuária proporciona a agricultura
a vantagem da recuperação dos solos pela melhoria da estrutura e reciclagem de
nutrientes, aumentando matéria orgânica, melhorando o armazenamento de água no
solo e possibilitando melhor cobertura dos solos para plantio direto. No
conjunto a integração aumenta a produção de grãos e carne, fertiliza e conserva
os solos, recupera áreas degradadas, gernado maior estabilidade e
sustentabilidade econômica. Os ganhos ambientais são imensos, porque, além da
conservação dos solos, diminuição da contaminação de águas e rios, açudes e
lagos, o sistema assegura o uso racional e sustentável das áreas agrícolas e de
pastagem. Além disso, diminui a pressão de desmatamento de novas áreas,
reduzindo os problemas ambientais originados pelas queimadas e pela erosão.
Bem,
este foi um pequeno material para você conhecer a tecnologia. Em postagens
futuras tratarei mais a fundo das principais dificuldades encontradas pelos
produtores na implementação e manejo do sistema. Bem como disponibilizarei
fotos e vídeos explicativos. Até a próxima...
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Recomposição de APPs e RFL com espécies exóticas.
Continuando a publicação anterior, a recomposição de APPs com espécies exóticas, com fins econômicos, de acordo com o novo código florestal, somente é permitido para agricultores familiares e no máximo 50% da área a ser recuperada, mediante aprovação de projeto técnico simplificado junto ao órgão ambiental competente.Ver definição:
No Brasil, a agricultura familiar foi assim definida na Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006:5
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e
empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio
rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:
I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;
II - utilize predominantemente mão de obra da própria família nas
atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento;
III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento;
IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.
Desse modo, ao meu ver, a melhor alternativa para recomposição de APPs ainda é o plantio heterogêneo de essências nativas. Porém, cada caso deve ser analisado individualmente, pois de acordo com o mercado de cada região, talvez um projeto para exploração de produtos não madeireiros, tais como: plantas medicinais, fibras, resinas, tipos de látex, óleos, gomas, frutas, castanhas, temperos, tinturas, bambu etc. possa ser aprovado mesmo para agricultores não familiares.
Agora, na recomposição da Reserva Legal, a nova legislação permite o uso de exóticas em até 50% da área a ser restaurada, inclusive para grandes produtores. Os pequenos, menos de 4 módulos fiscais, estão desobrigados de atingir o % exigido de acordo com cada região do país. Devendo manter apenas as áreas já consolidadas. Bem, é aí que vejo uma boa alternativa para recuperação da cobertura vegetal associada a ganhos econômicos para o produtor. Eucalipto e Pinus se mostram promissores, devido a demanda mercadológica, porém outras espécies, que publicarei, também podem gerar boa renda. Basta a elaboração e aprovação, pelo órgão competente, de plano de manejo para exploração de um ciclo produtivo da floresta plantada (Depois publicarei detalhes sobre este projeto a ser apresentado). Para finalizar, somente é exigido, no momento do corte, "autorização para substituição de exóticas". Ficando na área, somente as nativas, exercendo suas funções ecológicas.
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